Acadêmica
Rosarita Fleury
Patrona
Cadeira:
21
Currículo
Natural da cidade de Goiás, Goiás, nascida em 27 de outubro de 1913
Faleceu em Goiânia, em 14 de março de 1993
Filha de Heitor Moraes Fleury, primeiro Juiz de Direito de Goiânia, e Josephina Caiado Fleury, fez seus estudos no Colégio Santana, na cidade de Goiás, onde terminou o Curso Normal. Prosseguiu os estudos no Colégio São José de Formosa e no Colégio Santa Clara, de Campinas, onde completou sua formação com os cursos de piano, pintura e trabalhos manuais. Posteriormente, terminou os cursos de secretariado, contabilidade, filosofia e extensão musical. Poetisa, escritora e biógrafa, foi a idealizadora desta Entidade e sua co-fundadora, juntamente com Ana Braga e Nelly Alves de Almeida. Em 9 de novembro de 1970, em Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás e na qualidade de primeira Presidente, deu posse aos 40 membros da Entidade. Exerceu a Presidência da AFLAG por 23 anos consecutivos, embora, de dois em dois anos, colocasse o cargo à disposição das confreiras, realizando as eleições, de acordo com o estatuto da Casa. Participou com trabalhos de todos os anuários da Academia. A Revista da AFLAG nº 1 - 1993/1997 presta-lhe homenagem póstuma, com discursos e trabalhos de confreiras e amigas. Deixou inúmeras palestras e entrevistas gravadas no MIS - Museu de Imagem e Som da AFLAG.
CULTURAIS - Iniciou-se na literatura na década de 20, com poemas e jograis que foram publicados no jornal A Voz do Povo, na Revista Oeste e em outros periódicos da época. Seu poema Retalhos circulou em publicação especial no dia do Batismo Cultural de Goiânia, 1935; São João, poema, recebeu um prêmio da Academia Goiana de Letras, em 1940; e o poema Goiânia foi também premiado pela Academia Goiana de Letras, em 1942. Recebeu inúmeras medalhas, diplomas e troféus. Cedeu seu nome a bibliotecas de escolas estaduais na capital e no interior e a vários auditórios. Pertenceu à Associação Goiana de Imprensa, à Academia Goiana de Letras, à União Brasileira dos Escritores - Seção de Goiás, à Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes e ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, onde é Patrona da Cadeira nº 48. A Câmara Municipal de Goiânia, também prestou-lhe justa homenagem, concedendo-lhe o título de Cidadã Goianiense, na década de 70.
Além das obras publicadas, cuja relação encontra-se abaixo, deixou inéditos uma coletânea de poemas, Flor de maracujá e treze crônicas especialmente escolhidas para comporem o livro Crônicas domésticas. Trata-se de escritos que já haviam sido publicados em jornais locais, como o jornal Cinco de Março, o jornal Folha de Goiás e O Popular. Figura em várias antologias, tais como: A poesia em Goiás, de Gilberto Mendonça Teles, página 117, editora UCG, 1983; Enciclopédia Brasil e brasileiros de hoje, de Afrânio Coutinho; Ensaistas brasileiras, de Heloisa Buarque de Holanda e Lúcia Nascimento Araújo; Súmula da literatura goiana, de Augusto Goiano e Álvaro Catelan; Notas de um leitor de província, de Oscar Sabino de Freitas, 1991, Secretaria do Estado de Cultura; Análise e conclusões, de Nelly Alves de Almeida; Síntese da história literária em Goiás, de Antônio Geraldo Ramos Jubé; Dimensões do efêmero (ensaios e notas literárias), de Ney Teles de Paula, página 158/9, Goiânia, Editora Oriente, 1976; Escritores de Goiás, de Mário Ribeiro Martins, página 172, 523/4, Rio de Janeiro, Master, 1996; Feitio de Goiás, de Stella Leonardos, página 119/20, Goiânia, Ed. da Universidade Católica de Goiás e UFG, 1996.
Obras publicadas:
- 1958 - Elos da mesma corrente, romance, Prêmio Júlia Lopes de Almeida, 1959, da Academia Brasileira de Letras, que, pela primeira vez, agraciou um escritor goiano
- 1973 - Leodegária de Jesus, estudos
- 1973 - Heitor Moraes Fleury, biografia
- 1974 - Alberto Santos Dumont, estudos
- 1977 - Jarbas Jayme, biografia de um historiador
- 1979 - Eurydice Natal e Silva, biografia
- 1981 - Altamiro de Moura Pacheco, biografia
- 1983 - Sombras em marcha, romance.